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terça-feira, 5 de março de 2019

Cara de um, focinho de outro – a elite socialista venezuelana


Não costumo comentar matérias veiculadas em jornais de grande circulação, por razões óbvias, mas a que saiu ontem no Estado de São Paulo é digna de uma menção. Também porque é carnaval e nem todos estão acompanhando a mídia, e com razão. Quisera que muitos jovens brasileiros pudessem ler e compreender a mensagem implícita que contém a matéria. Infiro que, de forma propositada, a maioria deles não tenha atingido um grau cognitivo capaz de unir uma coisa à outra.
Todos os brasileiros que escaparam da doutrinação progressista sabem que dois dos presidentes brasileiros são diretamente responsáveis pela escada do socialismo na Venezuela. Por isso, hoje aplaudimos o excelente trabalho de mediação que desempenha o atual governo no impasse causado pelo golpista e usurpador da presidência da Venezuela, o ditador Nicolás Maduro. Até bem pouco tempo, tanto a mídia brasileira quanto setores da esquerda nacional juravam de pés juntos que a Venezuela era o exemplo da mais fiel democracia. Pois é, o tempo mostrou a todos que não! A Venezuela é hoje uma nação arrasada pela fome, pelo desemprego e pela ausência de acesso à saúde. Um povo que foi expropriado das suas riquezas e agora clama por ajuda humanitária que lhe é negada pelo próprio governante e seus asseclas. Mas enquanto o povo agoniza, a elite venezuelana vai muito bem obrigada. Este é o fim historicamente comprovado de todo o povo que crédulo se deixou hipnotizar pelo feitiço do progressismo, ou socialismo ou comunismo: na prática, é tudo a mesma coisa.
O socialismo se constitui de uma súcia de psicopatas malandros que tomam uma nação através de vãs promessas eleitoreiras com o fim precípuo de roubar a liberdade do povo, as riquezas da terra, de cooptar as instituições nacionais e assim se perpetuar “Ad aeternum” no poder. Outro objetivo muito claro é a eliminação de estratos sociais – no socialismo existem castas privilegiadas (políticos, intelectuais, artistas, altos funcionários públicos e milícias armadas) que têm como mérito reproduzir pela cultura ou pela força, a ideologia do sistema; por outro lado uma grande massa de pobres que, pela dependência de serviços e itens de sobrevivência, com medo mantêm os déspotas mequetrefes no poder. Observem que esse sistema diabólico é tão simples de conceituar que é facilmente apreendido e colocado em prática por qualquer grupelho de canalhas. Para concluir o preâmbulo, cito informações recentes que demonstram como a China manipula a maioria do povo pobre através do cartão de benefícios – semelhante ao bolsa família e igual ao “cartão da pátria” venezuelano – este último implantado pela mesma empresa chinesa que controla os cartões no país de origem – a ZTE.
O sistema social de crédito da China tem controlado a população pobre através de pontuações no cartão assistencial: por exemplo, penalidades como o não pagamento de impostos ou multas, não respeitar regras de segurança, propagar fake News ou simplesmente passear com o cachorro sem coleira, restringem o poder de compra do beneficiário. Não é difícil de entender a razão do processo já em curso no Brasil de criminalização da nossa vida cotidiana - projeto esse encampado pela nossa Suprema Corte da Vergonha. Mais um pouco e seremos presos se verbalizarmos que o vestido da nossa colega é cafona. Não riam, é muito sério. É um método perfeito de controle social e político de um povo.
Uma sociedade desarmada e dependente da assistência social, não reage. Assim, a ONU tem se vangloriado por auxiliar a implantação de ditaduras na América Latina sem derramar uma gota de sangue – em tese, claro. Para diminuir os custos com assistência social é preciso também aprovar leis como a do aborto e fomentar a homossexualidade, cito só essas duas para não assustar os incautos. Por outro lado, defendem a legalização das drogas, sem a elaboração de políticas consistentes de suporte na área da prevenção e do cuidado, para facilitar o tráfico e a morte precoce de jovens. Esse é o resumo da tragédia que a Venezuela vive e que nós estivemos prestes a testemunhar. Há muito a Venezuela deixou de investir em extração de Petróleo e se transformou em um narco Estado. É muito mais rentável para a elite política. O povo que “viva” da assistência...  
Bem, até aqui vos apresentei apenas uma parte do “maravilhoso” mundo de paz que a elite globalista progressista tem preparado para nós, o povo. Mas e ela? Como vive? Abaixo um “drops” da “difícil” vida da alta-roda socialista da América Latina.
Segundo a matéria no início citada, os filhos da “fidalguia” chavista cumprem a complicada rotina de viagens em jatinhos privados, hospedagens em hotéis de luxo e o compartilhamento de selfies nas redes sociais com maços de dólares nas mãos. O exemplo mais kafkiano é o da filha mais velha de Hugo Chávez:  María Gabriela Chávez. María foi “contemplada” pela ONU com o cargo de vice embaixadora da organização. Nada de anormal – lembrem que a ONU concedeu a Maduro um prémio pelo seu empenho de combate à fome na Venezuela. Ela mora em Nova York e, segundo a Forbes, é a mulher mais rica da Venezuela, possui cerca de U$ 4 bilhões de dólares em bancos americanos e europeus. Isso é o que eu chamo de empoderamento feminino. A filha mais nova de Chávez hoje mora em Paris e estuda na Universidade Sorbonne. Nas redes sociais posta fotos em carros de luxo e com celebridades. A mãe de Rosinés, ex-mulher de Chávez, costuma defender a filha das críticas recebidas pelo povo já combalido. Certa vez escreveu: “eu disse a ela que o erro não foi tirar a foto, foi publicá-la em um meio onde há pessoas ignorantes que não respeitam os outros”. Lembra muito o discurso dos nossos esquerdistas, não é mesmo?
O caçula de Chávez, o revoltado, continua a ter como passatempo o uso de aviões do Estado para viajar com os amigos até as ilhas do Caribe.
Já o Nicolazito fixou residência em Caracas, onde foi agraciado com o cargo de deputado, coordenador de uma escola de cinema e diretor de uma agência ligada à presidência da República. No ano de 2015 foi filmado na festa de casamento de um empresário, no Hotel Gran Meliá, em Caracas, dançando enquanto notas de dólares eram jogadas sobre a sua cabeça. Os dois enteados de Maduro, depois que ele chegou ao poder, adquiriram o “estranho” hábito de viajar em jatinhos privados, colecionarem carros de luxo e motocicletas de alta cilindrada, além de esbanjarem altas somas de dólares em hotéis cinco estrelas. Também a raparigota, Daniella Cabello, filha de Diosdado Cabello, um dos homens fortes do regime chavista, transformou-se numa socialite em Caracas. Apresenta-se nas redes sociais como artista e influencer. Segundo o jornalista Kislinger, recentemente a moçoila viajou para Xangai, com escalas em Havana e Moscou. Ela havia usado o sobrenome da mãe para evitar constrangimento. Vejam que a consciência às vezes acusa – mas certamente é passageiro.
Para finalizar, cito a declaração de um político venezuelano, Claudio Fermín, em 2015, ele disse: “filhas, irmãos, pais, sobrinhos, cunhados e compadres das mulheres e dos militares mais poderosos do regime fizeram dos cargos públicos a folha de pagamento que sustenta as famílias privilegiadas na Venezuela”.
Diante desse quadro miserável que o socialismo insiste, de tempos em tempos, desenhar sobre nações ricas e desprovidas de um povo bem-instruído, mas com meia dúzia de homens infames, eu deixo esse texto como reflexão sobre a importância da nossa participação na política brasileira atual. Todavia, expresso também uma enorme gratidão a D’eus por ter desencantado o nosso povo, e à meia dúzia de homens corajosos que nos arrebataram de uma catástrofe incomensurável. Pela dimensão territorial e a numerosa população do Brasil, a permanência da esquerda no poder certamente se configuraria na maior tragédia humana da história latino-americana.  

Fontes
Estadão. A boa vida dos filhos da elite chavista na Venezuela. Matéria de 04.03.2019.
Renova Mídia. China bloqueia milhões de passagens por falta de crédito social. 27.02.2019.
Terra. Tudo em família no governo Maduro. Matéria de 06.08.2015.


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