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terça-feira, 31 de julho de 2018

Quatro regras básicas para a esquerda aprender


1) Todos, mas todos mesmo, são iguais diante da Lei. Por isso, a meritocracia está acima de qualquer outro critério de inserção social e econômica. O Estado deve oferecer ao povo oportunidades e não privilégios. Se numa sociedade há desigualdade social, deve ser cobrada dos governos a minimização dela através de políticas públicas sérias de educação, saúde e geração de renda. A assistência social é pontual e transitória e não moeda de troca político/ideológica; 


2) O Poder circula - a mais relevante das teses de Foucault parece ter sido relaxada pela esquerda.  Assim, a democracia pressupõe um governo para toda a sociedade - governo não tem partido político - presidente da república é representante do povo e não dos interesses de classes. Está evidente que no bojo da nossa sociedade não há hegemonia ideológica. Tentar cooptar as estruturas do Estado para perpetuar-se no poder é, no mínimo, jogo sujo característico de políticos tiranos;


3) Os militantes da ideologia progressista não são iluminados e nem o socialismo (nome maquiado para o comunismo) é a redenção para a humanidade - esqueçam essa mentira. Os próprios mentores comunistas sabem disso - o sonho deles é construir uma economia capitalista de Estado - a exemplo da China. Faturar alto adotando o modelo econômico do capitalismo, mas manter a boca do povo fechada.


A maioria dos brasileiros não aceita a corrupção, a imoralidade e resistem ao cerceamento intelectual imposto pelos ditadores enrustidos, camuflados de humanistas. O respeito à diversidade e à opinião de outrem não pode permanecer no discurso, mas precisa ser praticado na vida cotidiana. Um verdadeiro tiro no próprio pé é tentar administrar um discurso de democracia que não tem ressonância na prática.
Aprendam a respeitar todas as opiniões e a aceitar aqueles que divergem como sujeitos de deveres e direitos. Repudiem o jogo sujo, talvez tenham mais sorte. Abandonem os ditames dos globalistas, concentrem-se no progresso da nossa sociedade. Os próximos anos serão um oásis de reflexão para vocês - os progressistas brasileiros;


4)Interpretem melhor os seus próprios mestres e parem de mentir. Michel Foucault é sem dúvida um dos intelectuais caviar mais lidos pela esquerda tupiniquim, em que pese já ter sido desmascarado pelo atual diretor do Institut für Sozialforschung da Universidade Johann Wolfgang Goethe de Frankfurt am Main, Alemanha, considerado no meio acadêmico o representante da terceira geração (e pelo visto, a última) da Escola de Frankfurt. Pois bem, Foucault afirmou que o questionamento humano é um fenômeno universal e portanto toda a narrativa de poder e de dominação que se quer absoluta se "desmancha no ar" (parafraseando outro primor de comunista - Karl Marx). Questiono então: baseados no quê os intelectuais brazucas determinaram que a indignação social é monopólio de determinados grupos e que outros, sentenciados arbitrariamente, são brasileiros caloteiros históricos? Peço vênia, façam um "mea-culpa" pública sobre os equívocos de conteúdo dos seus discursos e de suas políticas públicas de "integração social", com urgência.


Outro intelectual esquerdista, o jurista Fábio Konder Comparato, aquele que declarou recentemente à Revista "Forum" que " o Moro goza de total impunidade - estou convencido de que ele é um agente norte-americano", escreveu um artigo científico defendendo a tese da vocação hegemônica do capitalismo, e, ao contrário do que pensa  boa parte dos economistas, não se constitui num simples sistema econômico, mas trata-se antes de uma autêntica civilização - fenômeno único em toda a história da humanidade. Por isso, a contínua concentração de capital está a exigir no século XXI uma expansão geográfica sem limites e a apropriação dos meios de comunicação em todas as nações. Diante de inconteste verdade, visivelmente em curso no mundo e no Brasil, parem de ludibriar os "inocentes úteis" com o discurso de que o capitalismo é responsável pelos males do mundo. Vocês não querem construir outro mundo, vocês amam o capitalismo e a última coisa que desejam é eliminá-lo. 

 

Rodizio do poder entre PSDB e PT
Hoje, no Brasil, vocês perderam o jogo - resta observar se vão insistir em jogar o jogo fraudado e enferrujado de sempre ou vão se dignar a jogar limpo.

Referências:

COMPARATO, Fábio Konder. Capitalismo: civilização e poder. Estudos Avançados, USP, São Paulo, 25 (72), 2011.

HONNETH, Axel. Crítica Del Poder. Fases en la reflexión de una teoría crítica de la sociedad. Segunda Parte. Madrid, Machado Libros, 2009.