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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Um “laranja” nas eleições brasileiras



O texto intenta realizar uma sintética análise da trajetória e do pensamento do candidato João Amoedo De todos os candidatos que concorrem à presidência do Brasil nas eleições de 2018, sem dúvida, João Dionisio Filgueira Barreto Amoêdo é o mais enigmático. O carioca João Amoêdo de 55 anos, filho de um médico com uma administradora de empresas, aos 22 anos já possuía dois certificados de ensino superior e começara daí uma carreira meteórica dentro do sistema financeiro no Brasil.

Tudo começou assim:

Ao término do governo militar, o primeiro presidente civil, José Sarney do MDB (1985-1990) iniciou um grande plano de privatização das estatais brasileiras, sob comando do então diretor do Banco Central, Fernão Bracher. Após o cumprimento da missão dada pelo governo mdebista, Bracher deixa o governo e monta o seu próprio Banco – o BBA. Em 1988, João Amoêdo, então com 26 anos, foi convidado a participar da equipe da nova instituição financeira. Em 1991, sob governo de Fernando Collor, Armínio Fraga foi convidado a presidir o Banco Central brasileiro, onde permaneceu até o ano de 1993, quando foi contratado pelo globalista bilionário húngaro George Soros, para presidir o seu Fundo de Investimentos, nos Estados Unidos. Após o impeachment de Collor, em 1993 o então presidente, Itamar Franco, chamou o comunista Fabiano Fernando Henrique Cardoso para ocupar o cargo de ministro da Fazenda. FHC nomeou Gustavo Franco como secretário da política econômica que veio a ser o presidente do Banco Central no futuro governo do “príncipe” dos sociólogos. Com Fernando Henrique Cardoso na presidência do Brasil ocorreu um processo massivo de privatizações e que mais tarde ficou conhecido como a “Privataria Tucana”, ladroagem que só perdeu para o saque dos cofres públicos praticado no governo petista (2003-2016). Foi em novembro de 2002, a dois meses da troca de faixa presidencial, que o Banco Itaú adquiriu o BBA, sob gestão de Amoêdo e do amigo Fernão Bracher, por R$ 3,3 bilhões. O Itaú também adquiriu os Bancos Públicos dos Estados do Paraná (Banestado), do Rio de Janeiro (Banerj), de Minas (Bemg) e de Goiás (BEG). Fernão Bracher assumiu a vice-presidência do Conselho Diretor do Itaú e Amoêdo a vice-presidência do Unibanco. Em 2008, foi anunciada a fusão dos bancos Itaú e Unibanco, formando o maior conglomerado financeiro privado do hemisfério sul e um dos 20 maiores bancos do mundo. Em novembro de 2010, a revista Exame estampa a manchete “Fundo de George Soros sai de Santander e compra Itaú-Unibanco. Para quem não o conhece, ele administra a Soros Fund Management, uma Fundação que financia Ongs na América Latina cujas pautas progressistas são muito bem conhecidas no Brasil, entre elas a legalização do aborto, a economia das drogas, o desarmamento da população, o feminismo radical, a ideologia de gênero, o fim das polícias militarizadas. Eles também aprovam pautas que ainda não chegaram ao Brasil, como o suicídio assistido e a legalidade do direito à antecipação da morte, ou seja, a eutanásia de idosos. Algo tão bestial que sequer o parlamento português, com maioria socialista, aprovou a lei. Segundo o representante do Partido Comunista Português (PCP), a prática se constitui em um “retrocesso civilizacional”.

Sugiro ao leitor não iniciado no tema da Nova Ordem Mundial que leia o artigo “O Brasil e a Batalha Invisível”.

 Em 2015, João Amoêdo se afasta da administração do Banco Itaú e assume a presidência do Partido Novo. Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, o partido se configura em uma participação societária entre Amoêdo, Fernão Bracher (lembram dele? O presidente do Banco Central do governo Sarney), Armínio Fraga, Jayme Garfinkel, Carlos Sicupira, Pedro Sales e Eduardo Mazzilli, todos executivos do Banco Itaú, exceto Armínio Fraga. Ah! Mas quem é Armínio Fraga? Um economista brasileiro, diretor do Banco Central no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, que por seis anos desempenhou a função de diretor-gerente da Soros Fund Management, administradora de recursos do investidor George Soros – o mesmo que abocanhou a Vale do Rio Doce, vendida a ele por FHC (maior produtora de ferro do mundo) e o Banco Itaú-Unibanco. Está ficando mais claro a razão de o Brasil ser um País rico com um povo pobre?

As maracutaias envolvendo as privatizações nos governos tucano e petista somam prejuízos incalculáveis aos cofres públicos. Dezenas de doleiros, banqueiros e políticos foram investigados pela Polícia Federal e indiciados pelo Ministério Público, alguns foram jugados e condenados pela Justiça brasileira. Mas não há dúvida, alguns envolvidos nessas grandes transações que envolveram o setor financeiro e o governo acabaram enriquecendo e ficando incólumes. À época, só o Unibanco teve perdoados pela Receita Federal R$ 25 bilhões. Sabe-se que nenhum trabalhador consegue amealhar fortuna – um volumoso patrimônio é fruto geralmente de especulações no mercado financeiro. Quem especula, não investe na economia.

Questionado quanto ao seu patrimônio “declarado” ao Tribunal Superior Eleitoral – R$ 425 milhões, em entrevista para a revista Exame, no dia 28 de agosto passado, Amoêdo afirmou que “meu patrimônio não me coloca junto à elite, me torna independente”. Todavia, no Programa de Governo do Novo, a bandeira 6, sobre a representatividade política, defende que a longo prazo (vejam que a intenção é se perpetuar no governo), seja reduzido o número de congressistas em um terço, para 54 senadores e 342 deputados; também a redução em um terço do número de deputados estaduais e vereadores na mesma proporção em todo o País e o fim do voto obrigatório. Medidas que, sem dúvida, vão facilitar a manipulação política por parte do setor financeiro internacional em relação à aprovação de leis de interesse das agências globais.
 Ainda sobre as suas ligações com os globalistas, na mesma matéria o candidato defende que “neste momento, o Brasil não deve aplicar nenhum tipo de sanção ao país governado por Nicolás Maduro (...) o “Brasil tem que receber os refugiados, tem que ter um caráter humanitário. Isso pode acontecer com a gente mais pra frente”. Perceba que o candidato não consegue esconder a defesa das diásporas mundiais fomentadas artificialmente com objetivo de destruir as culturas nativas e implantar um governo mundial.
Diante da inconteste relação com a “nata” financista nacional e internacional, João Amoêdo, muito bem instruído pelos seus marqueteiros, tenta passar por homem despojado e simples, conforme bem representado no site do partido com a frase “João é um cidadão comum”. Como vimos acima, tão comum como eu e você, não é mesmo?
Vejamos agora quem é o vice de Amoêdo. O paulistano Christian Lohbauer tem 51 anos e é doutor em Ciência Política pela USP. Formado em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, também é especialista em Relações Internacionais. Ocupou a função de jornalista free-lancer na Deutsche Welle em Colônia, Alemanha. Um veículo da mídia alemã internacional de forte viés socialista. Em 2005, ele foi Secretário-adjunto de Relações Internacionais de São Paulo na gestão José Serra. Até meados de 2018, ocupou a vice-presidência de Assuntos Corporativos da empresa alemã Bayer, cujo papel era o de representar os interesses dos negócios de defensivos agrícolas, sementes, medicamentos e produtos isentos de prescrição junto a parlamentares, ministérios e agências regulatórias. Lembremo-nos da aprovação da fusão da Bayer com a Monsanto (gigante dos transgênicos) no Brasil, cuja receita anual supera os U$ 15 bilhões. As grandes empresas multinacionais buscam uma planificação da legislação no âmbito global para que possam uniformizar suas ações e otimizar seus lucros. Para tanto, não medem esforços no sentido de cooptar parlamentares para mudar a legislação ao seu favor. Enquanto intelectual, Lohbauer escreveu artigos como o “Governança Global: regras para ordenar um mundo anárquico”; textos em jornais como o “Urge conter o expansionismo russo” e o livro “O Século XX: do declínio europeu à Era Global”. Penso desnecessário mais algum argumento sobre a relação do vice de João Amoêdo com os interesses globalistas.
Na minha perspectiva, um possível governo federal sob o domínio dos interesses financeiros dos globalistas será um verdadeiro desastre. O povo brasileiro será abandonado à própria sorte. O Partido Novo não contempla nenhuma proposta de suporte social para os mais desvalidos economicamente. Sem assistência social e sem programas de geração de renda, se avizinha o processo emigratório dos brasileiros. Para quem conhece o “riscado”, a intenção é essa mesma. Imigrantes sempre se submetem aos menores salários e pouco reivindicam direitos e serviços básicos – são forasteiros. A classe média sem empregos terá necessariamente de empreender. Porém, sem formação adequada, consumo em queda e impostos a pagar, a tendência é tornar-se refém do sistema financeiro. Bingo! Amigos, a perversidade dos globalistas não tem limite. O setor público será reduzido drasticamente e os vencimentos certamente ajustados ao do setor privado, incluindo os dos inativos.
Um bom exemplo sobre a intenção dos financistas globais de tornar as populações reféns dos sistemas financeiros é a articulação da Associação dos Bancos da África do Sul (BASA) em criar um “fundão” para “ajudar” na reforma agrária no país, com um discurso fraudulento de impedir a expropriação de terras pelos negros nas mãos de fazendeiros brancos. Ou seja, com a mensagem humanitária de desestimular as invasões de terras, o sistema financeiro “altruisticamente” oferecerá empréstimos aos negros para que adquiram as suas próprias terras. Tudo indica que os africanos estão prestes a experimentarem uma nova ordem escravocrata, a financeira. É um verdadeiro golpe de mestre – colocar a população mundial a trabalhar para que os financistas desfrutem da “boa vida” às custas de encargos, lucros e proventos do sistema financeiro. Eu apoio o capitalismo, mas não o capitalismo financeiro predatório como este proposto por uma dúzia de parasitas globalistas.
Minha última observação vai para os liberais. Para os que nutrem um certo “nojinho” e desdém da ala conservadora. Foi pelas mãos de vocês que Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto, correto? Ou vocês já esqueceram que Lula vestiu paletó e gravata por orientação do Partido Liberal de José Alencar? - o vice de Lula. Foi Alencar quem apresentou Lula aos empresários mineiros – coincidentemente a Odebrecht é de Minas Gerais. Pois bem, errem de novo e o Brasil vai para o brejo, e vocês junto com ele. Só existe um candidato capaz de limpar toda essa sujeira e colocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, mesmo que ele não seja o candidato dos sonhos de muitos brasileiros.  O que está em jogo é a independência da nossa Nação e a proteção das nossas riquezas. Não é brinquedo!
João Amoêdo não passa de um laranja do grande empresariado progressista/socialista global. E neste caso, o hábito faz o monge.
* Não cabe citar as fontes – todas as informações poderão ser checadas em sites da mídia oficial brasileira e portuguesa.