O texto intenta realizar uma sintética análise da trajetória
e do pensamento do candidato João Amoedo De todos os candidatos que concorrem à presidência do
Brasil nas eleições de 2018, sem dúvida, João Dionisio Filgueira Barreto Amoêdo
é o mais enigmático. O carioca João Amoêdo de 55 anos, filho de um médico com
uma administradora de empresas, aos 22 anos já possuía dois certificados de
ensino superior e começara daí uma carreira meteórica dentro do sistema
financeiro no Brasil.
Tudo começou assim:
Ao término do governo militar, o primeiro presidente
civil, José Sarney do MDB (1985-1990) iniciou um grande plano de privatização
das estatais brasileiras, sob comando do então diretor do Banco Central, Fernão
Bracher. Após o cumprimento da missão dada pelo governo mdebista, Bracher deixa
o governo e monta o seu próprio Banco – o BBA. Em 1988, João Amoêdo, então com 26
anos, foi convidado a participar da equipe da nova instituição financeira. Em
1991, sob governo de Fernando Collor, Armínio Fraga foi convidado a presidir o
Banco Central brasileiro, onde permaneceu até o ano de 1993, quando foi
contratado pelo globalista bilionário húngaro George Soros, para presidir o seu
Fundo de Investimentos, nos Estados Unidos. Após o impeachment de Collor, em
1993 o então presidente, Itamar Franco, chamou o comunista Fabiano Fernando
Henrique Cardoso para ocupar o cargo de ministro da Fazenda. FHC nomeou Gustavo
Franco como secretário da política econômica que veio a ser o presidente do Banco
Central no futuro governo do “príncipe” dos sociólogos. Com Fernando Henrique
Cardoso na presidência do Brasil ocorreu um processo massivo de privatizações e
que mais tarde ficou conhecido como a “Privataria Tucana”, ladroagem que só
perdeu para o saque dos cofres públicos praticado no governo petista
(2003-2016). Foi em novembro de 2002, a dois meses da troca de faixa
presidencial, que o Banco Itaú adquiriu o BBA, sob gestão de Amoêdo e do amigo
Fernão Bracher, por R$ 3,3 bilhões. O Itaú também adquiriu os Bancos Públicos
dos Estados do Paraná (Banestado), do Rio de Janeiro (Banerj), de Minas (Bemg)
e de Goiás (BEG). Fernão Bracher assumiu a vice-presidência do Conselho Diretor
do Itaú e Amoêdo a vice-presidência do Unibanco. Em 2008, foi anunciada a fusão
dos bancos Itaú e Unibanco, formando o maior conglomerado financeiro privado do
hemisfério sul e um dos 20 maiores bancos do mundo. Em novembro de 2010, a
revista Exame estampa a manchete “Fundo de George Soros sai de Santander e
compra Itaú-Unibanco. Para quem não o conhece, ele administra a Soros Fund
Management, uma Fundação que financia Ongs na América Latina cujas pautas
progressistas são muito bem conhecidas no Brasil, entre elas a legalização do
aborto, a economia das drogas, o desarmamento da população, o feminismo
radical, a ideologia de gênero, o fim das polícias militarizadas. Eles também aprovam
pautas que ainda não chegaram ao Brasil, como o suicídio assistido e a legalidade
do direito à antecipação da morte, ou seja, a eutanásia de idosos. Algo tão
bestial que sequer o parlamento português, com maioria socialista, aprovou a
lei. Segundo o representante do Partido Comunista Português (PCP), a prática se
constitui em um “retrocesso civilizacional”.
Sugiro ao leitor não iniciado no tema da Nova Ordem
Mundial que leia o artigo “O Brasil e a Batalha Invisível”.
Em 2015, João Amoêdo
se afasta da administração do Banco Itaú e assume a presidência do Partido Novo.
Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, o partido se configura em
uma participação societária entre Amoêdo, Fernão Bracher (lembram dele? O presidente
do Banco Central do governo Sarney), Armínio Fraga, Jayme Garfinkel, Carlos
Sicupira, Pedro Sales e Eduardo Mazzilli, todos executivos do Banco Itaú,
exceto Armínio Fraga. Ah! Mas quem é Armínio Fraga? Um economista brasileiro,
diretor do Banco Central no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, que
por seis anos desempenhou a função de diretor-gerente da Soros Fund Management,
administradora de recursos do investidor George Soros – o mesmo que abocanhou a
Vale do Rio Doce, vendida a ele por FHC (maior produtora de ferro do mundo) e o
Banco Itaú-Unibanco. Está ficando mais claro a razão de o Brasil ser um País
rico com um povo pobre?
As maracutaias envolvendo as privatizações nos governos
tucano e petista somam prejuízos incalculáveis aos cofres públicos. Dezenas de
doleiros, banqueiros e políticos foram investigados pela Polícia Federal e
indiciados pelo Ministério Público, alguns foram jugados e condenados pela Justiça
brasileira. Mas não há dúvida, alguns envolvidos nessas grandes transações que
envolveram o setor financeiro e o governo acabaram enriquecendo e ficando incólumes.
À época, só o Unibanco teve perdoados pela Receita Federal R$ 25 bilhões.
Sabe-se que nenhum trabalhador consegue amealhar fortuna – um volumoso
patrimônio é fruto geralmente de especulações no mercado financeiro. Quem
especula, não investe na economia.
Questionado
quanto ao seu patrimônio “declarado” ao Tribunal Superior Eleitoral – R$ 425
milhões, em entrevista para a revista Exame, no dia 28 de agosto passado, Amoêdo
afirmou que “meu patrimônio não me coloca junto à elite, me torna independente”.
Todavia, no Programa de Governo do Novo, a bandeira 6, sobre a
representatividade política, defende que a longo prazo (vejam que a intenção é
se perpetuar no governo), seja reduzido o número de congressistas em um terço,
para 54 senadores e 342 deputados; também a redução em um terço do número de
deputados estaduais e vereadores na mesma proporção em todo o País e o fim do
voto obrigatório. Medidas que, sem dúvida, vão facilitar a manipulação política
por parte do setor financeiro internacional em relação à aprovação de leis de
interesse das agências globais.
Ainda sobre as suas ligações com os
globalistas, na mesma matéria o candidato defende que “neste momento, o Brasil
não deve aplicar nenhum tipo de sanção ao país governado por Nicolás Maduro
(...) o “Brasil tem que receber os refugiados, tem que ter um caráter
humanitário. Isso pode acontecer com a gente mais pra frente”. Perceba que o
candidato não consegue esconder a defesa das diásporas mundiais fomentadas
artificialmente com objetivo de destruir as culturas nativas e implantar um
governo mundial.
Diante da inconteste relação com
a “nata” financista nacional e internacional, João Amoêdo, muito bem instruído
pelos seus marqueteiros, tenta passar por homem despojado e simples, conforme
bem representado no site do partido com a frase “João é um cidadão comum”. Como
vimos acima, tão comum como eu e você, não é mesmo?
Vejamos agora quem é o vice de
Amoêdo. O paulistano Christian Lohbauer tem 51 anos e é doutor em Ciência
Política pela USP. Formado em Comunicação Social pela Escola Superior de
Propaganda e Marketing, também é especialista em Relações Internacionais.
Ocupou a função de jornalista free-lancer na Deutsche Welle em Colônia,
Alemanha. Um veículo da mídia alemã internacional de forte viés socialista. Em
2005, ele foi Secretário-adjunto de Relações Internacionais de São Paulo na
gestão José Serra. Até meados de 2018, ocupou a vice-presidência de Assuntos
Corporativos da empresa alemã Bayer, cujo papel era o de representar os interesses
dos negócios de defensivos agrícolas, sementes, medicamentos e produtos isentos
de prescrição junto a parlamentares, ministérios e agências regulatórias.
Lembremo-nos da aprovação da fusão da Bayer com a Monsanto (gigante dos
transgênicos) no Brasil, cuja receita anual supera os U$ 15 bilhões. As grandes
empresas multinacionais buscam uma planificação da legislação no âmbito global
para que possam uniformizar suas ações e otimizar seus lucros. Para tanto, não
medem esforços no sentido de cooptar parlamentares para mudar a legislação ao
seu favor. Enquanto intelectual, Lohbauer escreveu artigos como o “Governança
Global: regras para ordenar um mundo anárquico”; textos em jornais como o “Urge
conter o expansionismo russo” e o livro “O Século XX: do declínio europeu à Era
Global”. Penso desnecessário mais algum argumento sobre a relação do vice de
João Amoêdo com os interesses globalistas.
Na minha perspectiva, um
possível governo federal sob o domínio dos interesses financeiros dos
globalistas será um verdadeiro desastre. O povo brasileiro será abandonado à
própria sorte. O Partido Novo não contempla nenhuma proposta de suporte social
para os mais desvalidos economicamente. Sem assistência social e sem programas
de geração de renda, se avizinha o processo emigratório dos brasileiros. Para
quem conhece o “riscado”, a intenção é essa mesma. Imigrantes sempre se
submetem aos menores salários e pouco reivindicam direitos e serviços básicos –
são forasteiros. A classe média sem empregos terá necessariamente de empreender.
Porém, sem formação adequada, consumo em queda e impostos a pagar, a tendência
é tornar-se refém do sistema financeiro. Bingo! Amigos, a perversidade dos
globalistas não tem limite. O setor público será reduzido drasticamente e os
vencimentos certamente ajustados ao do setor privado, incluindo os dos
inativos.
Um bom exemplo sobre a intenção
dos financistas globais de tornar as populações reféns dos sistemas financeiros
é a articulação da Associação dos Bancos da África do Sul (BASA) em criar um “fundão”
para “ajudar” na reforma agrária no país, com um discurso fraudulento de impedir
a expropriação de terras pelos negros nas mãos de fazendeiros brancos. Ou seja,
com a mensagem humanitária de desestimular as invasões de terras, o sistema
financeiro “altruisticamente” oferecerá empréstimos aos negros para que adquiram
as suas próprias terras. Tudo indica que os africanos estão prestes a experimentarem
uma nova ordem escravocrata, a financeira. É um verdadeiro golpe de mestre –
colocar a população mundial a trabalhar para que os financistas desfrutem da “boa
vida” às custas de encargos, lucros e proventos do sistema financeiro. Eu apoio
o capitalismo, mas não o capitalismo financeiro predatório como este proposto por
uma dúzia de parasitas globalistas.
Minha última observação vai para
os liberais. Para os que nutrem um certo “nojinho” e desdém da ala
conservadora. Foi pelas mãos de vocês que Lula subiu a rampa do Palácio do
Planalto, correto? Ou vocês já esqueceram que Lula vestiu paletó e gravata por
orientação do Partido Liberal de José Alencar? - o vice de Lula. Foi Alencar
quem apresentou Lula aos empresários mineiros – coincidentemente a Odebrecht é
de Minas Gerais. Pois bem, errem de novo e o Brasil vai para o brejo, e vocês junto com
ele. Só existe um candidato capaz de limpar toda essa sujeira e colocar o
Brasil nos trilhos do desenvolvimento, mesmo que ele não seja o candidato dos sonhos
de muitos brasileiros. O que está em
jogo é a independência da nossa Nação e a proteção das nossas riquezas. Não é
brinquedo!
João Amoêdo não passa de um
laranja do grande empresariado progressista/socialista global. E neste caso, o
hábito faz o monge.
* Não cabe citar as fontes – todas
as informações poderão ser checadas em sites da mídia oficial brasileira e
portuguesa.