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terça-feira, 9 de abril de 2019

Eleições em Ysrael – Likud versus Kachol Lavan

Hoje é feriado em Ysrael. Os israelenses foram às urnas a fim de decidirem qual proposta de governo definirá as políticas do país nos próximos quatro anos. A surpresa das eleições de 2019 é o exponencial crescimento do partido liberal-nacionalista, o Zehut, dissidente do Likud, partido de Benjamin Netanyahu, cujo líder é Moshe Feiglin. Todavia, já havia indícios de que não lograria êxito no pleito deste ano, mas tudo indica que será um aliado de Bibi no Knesset (Parlamento).
Posições políticas
Benjamin Netanyahu
Benjamin Netanyahu, atual primeiro ministro de Ysrael, disputou hoje o seu quinto mandato; é líder do partido Likud no parlamento israelense. Natural de Tel Aviv, mudou-se para os Estados Unidos aos sete anos de idade. No fim dos anos 1960, serviu ao Exército israelense participando de inúmeras missões militares e retornou aos EEUU para realizar seus estudos de nível superior: tem diplomas de bacharelado e mestrado em Ciências. Em 1978, filiou-se ao Likud, partido conservador israelense, tornando-se líder do partido em 1993. Três anos mais tarde, em 1996, tornou-se o político mais jovem a tomar posse como primeiro ministro do Estado de Ysrael. Bibi tem uma posição incomplacente quanto aos conflitos com os “palestinos” – para ele as Colinas de Golã pertencem à Ysrael, não aceita negociar a partilha de Jerusalém, não reconhece a autoridade palestina, não negocia com terroristas e, internamente, não faz coligações com partidos de esquerda. Na economia, Netanyahu fez do Estado judeu um país próspero ao abrir a economia e desregulamentar o mercado, apesar de manter uma postura nacionalista e conservadora. A qualidade de vida dos israelenses, medido pelo Índice de Desenvolvimento Humano de 2017, registra um índice de 0,903. Para termos uma ideia, o IDH do Brasil é 0,759 e o dos Estados Unidos é de 0,924. Quanto mais perto de 1,0, mais alto o nível de desenvolvimento de um país. A renda per capita dos israelenses é de U$ 42 mil, enquanto a dos brasileiros é de U$ 9 mil. Os Estados Unidos possuem 369 prêmios Nobel, Ysrael tem 12 e o Brasil nenhum. Ysrael ainda investe 10% do Pib na defesa do País e 4,4% em ciência e tecnologia. Tel Aviv é detentora do prêmio mundial de cidades inteligentes. Ysrael é o país que mais tem empresas listadas na Bolsa Eletrônica Nasdaq.
Pois então, o novo governo brasileiro elegeu Ysrael e os Estados Unidos para comporem as nossas alianças internacionais – segundo a esquerda brasileira, um equívoco. Podemos levar os energúmenos esquerdistas a sério?
Benny Gantz
Benny Gantz, o representante das propostas de centro-esquerda israelense (a mídia brasileira mente quando o descreve de direita – confundir é um método para manipular a opinião pública), é um general e ex-chefe do Estado-Maior Geral das Forças de Defesa de Israel. Gantz tem 60 anos e descende de judeus húngaros e romenos. Há menos de seis meses formou seu próprio partido político – o Israel Resilience Party – que forma a aliança com dois outros partidos, resultando na coligação Kachol Lavan. As propostas de governo dessa aliança incluem negociações para um acordo de Paz com a Palestina, alterar as leis do País para limitar o poder religioso dos rabinos, incluir as minorias israelenses e limitar os poderes do primeiro ministro. Como bem se observa, um discurso bem à direita como enfatiza a grande mídia brasileira. (contém ironia)
Por outro ângulo, a palavra resiliência (resistência/recuperação/luta) contida na sigla do Partido da Resiliência de Israel (Hosen L'Yisrael) criado por Benny Gantz, significa também, o que poucos se dão conta, a capacidade de algo voltar ao seu estado original, apesar das adversidades. Os antepassados de Gantz estavam entre os fundadores da Moshav Kfar Ahim (onde ele próprio nasceu) - um assentamento agrícola cooperativado no centro-sul de Ysrael. A origem de Ysrael contemporânea, fato histórico em que o Brasil teve relevante papel quando o diplomata Oswaldo Aranha se colocou a favor da criação de um Estado independente para os judeus, em sessão da ONU, 1947, foi a ocupação inicial de 53% (hoje 75%) da Palestina (Canaã bíblica), na época administrada pelos britânicos. Os primeiros ocupantes da terra sagrada, depois da Segunda Grande Guerra, se organizaram nos kibbutzes, comunidades rurais ordenadas pelos judeus sionistas de “fé” socialista do leste europeu. Hoje o percentual de indivíduos que vivem nos kibutzim de Ysrael não atinge 8%. Mais uma prova que uma nação organizada sob os princípios do socialismo não se desenvolve.
No entanto, ainda existem os saudosistas como Gantz que acredita existir condições de progresso e pacificação no Estado judeu através de alianças com grupos extremistas palestinos. Neste ponto exponho a minha opinião – não é novidade para ninguém que governos ao realizarem alianças com extremistas não acabam com os conflitos, os exportam para outros lugares. Essa estratégia é bem conhecida. A violência não é resolvida, ela é simplesmente “empurrada” para outro território. Nós temos exemplos claros dentro do próprio Brasil. Os socialistas que contem essa bravata para outros.
Finalmente, Benny Gantz, que a mídia brasileira oficial jura de pés juntos ser de direita, capitaneou uma série de investigações a fim de acusar o primeiro Ministro Netanyahu de corrupção. Assim, conseguiu que o procurador-geral de Israel recomendasse uma acusação de suborno e violação de transparência contra Benjamin Netanyahu, acusações negadas pelo primeiro ministro.
Neste caso, é sensato fazermos uma analogia com as acusações do partido democrata contra Donald Trump, o acusando de conspiração com a Rússia para fraudar as eleições dos Estados Unidos, em 2016. Após quase três anos de desgaste do governo Trump, o procurador Robert Mueller publicou relatório de investigação sobre o caso, inocentando o presidente americano. É assim que os progressistas (nome bonito para camuflar a ideologia socialista) agem.
Ao final desta noite em Ysrael, o atual primeiro ministro Benjamin Netanyahu anunciou que seu partido Likud obteve a vitória nas urnas. Nas suas próprias palavras “A aliança das direitas, conduzida pelo Likud, obteve a vitória definitiva. Agradeço aos israelenses pela confiança. Começo hoje à noite a montar um governo com nossos aliados”.
Mais uma derrota para o globalismo/progressista internacional. E melancólico também para os intelectuais de esquerda, judeus ou não, e para a mídia brasileira, em especial.
Para finalizar, acredito em tempo hábil, cabem dois adendos a título de esclarecimento:

1) Quando em visita recente do presidente Bolsonaro à Israel, a grande mídia se precipitou em divulgar que, segundo o Museu do Holocausto, Yad Vashem, “na Alemanha pós I Grande Guerra, junto à intransigente resistência e alertas sobre a crescente ameaça do comunismo, criou solo fértil para o crescimento de grupos radicais de direita na Alemanha, gerando entidades como o Partido Nazista", o que se opõe às declarações do nosso ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Bem, a grande mídia desmemoriada esqueceu de informar ao leitor que o Museu do Holocausto foi inaugurado em 1953 sob o governo do primeiro ministro David Ben-Gurion, líder do movimento do Sionismo socialista internacional e um dos fundadores do Partido Trabalhista de Ysrael. A mídia “isenta” também esqueceu de mencionar o economista alemão Gottfried Feder que levou Hitler pela mão até o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Feder, o mentor de finanças de Hitler, escreveu, entre outros, “Das Manifest zur Brechung der Zinsknechtschaft” ou “Manifesto para romper a servidão ao interesse financeiro” – muito capitalista, não é mesmo?

2) É fato a existência de muitas organizações anti-Israel espalhadas pelo mundo. Em setembro do ano passado (2018) o Irã admitiu que mantinha parceria com o bilionário George Soros, um pseudojudeu húngaro, com vistas a derrubar o governo conservador de Benjamin Netanyahu. Através da sua fundação – Open Society Foundations, que patrocina também várias instituições “filantrópicas” no Brasil, Soros “financia diretamente várias organizações de extrema-esquerda política cuja única finalidade é mudar a política do governo israelense através da demonização da direita política, da religião judaica, das forças armadas de Israel e do Estado Judeu como um todo”. Essa mesma instituição satânica banca os políticos do partido democrata americano e a formação de jovens líderes nas melhores universidades do mundo, a fim de trabalharem em prol do governo global. Presente no Brasil e em oposição ao governo Bolsonaro.
Vejam contra quais forças políticas e econômicas gigantescas estamos lutando... e ganhando! Não é pouca coisa. 

Faço votos que este texto tenha obtido êxito em esclarecer, mesmo que de forma sucinta e inconclusiva, como se comportam hodiernamente as forças políticas em Ysrael e no mundo.
Paz à Ysrael e saúde a Benjamin Netanyahu.

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