No ano passado, o Ministério da
Cultura do governo Temer, sob batuta do então ministro Sérgio Sá Leitão, que em
2007 foi assessor de diretoria da Ancine – Agência Nacional de cinema – deu
carta branca ao aspirante a diretor cinematográfico, o ator Wagner Moura, para
que a sua produção captasse a “bagatela” de R$ 10 milhões pela Lei Rouanet. A
meta do projeto era um audiovisual biográfico sobre a vida do terrorista
ítalo-brasileiro, Carlos Marighella.
Do personagem
Em rápidas palavras, Marighella,
como o próprio sobrenome denuncia, era filho do operário italiano Augusto
Marighella e da baiana Maria Rita do Nascimento, descendente de africanos do
Sudão. Observemos que para o contexto educacional e laboral do início do século
XX em Salvador, Bahia, tanto o próprio Carlos quanto os seus pais, desfrutavam
de relativa distinção social – o pai, um operário mecânico, a mãe com ensino
secundário completo e o próprio Carlos, no início dos anos 1930, ingressou no
curso de Engenharia da prestigiosa Escola Politécnica da Bahia – foi quando se
envolveu pela primeira vez com as agitações subversivas. Mais um entre tantos
outros exemplos que nos fazem refletir sobre desde quando a esquerda brasileira
vem abduzindo os nossos jovens universitários para o crime.
De cara se pode descartar a ladainha
progressista de que a família Marighella era miserável, iletrada e perseguida
pela “raça”.
Da verdadeira e longa trajetória
do terrorista Marighella quase todos sabem, de modo que vou renunciar à
prolixidade. Ao longo dos seus 57 anos de vida atuou como político, escritor e
professor. Mas a sua principal atividade “laboral” sempre foi a de fomentar práticas
terroristas dentro do território brasileiro. Ainda na década de 30 do século
passado, abandonou a cidade natal e à faculdade de engenharia para se dedicar à
militância comunista a serviço do PCB. Fundador do grupo armado Ação
Libertadora Nacional, atemorizava a sociedade brasileira com atos como
sequestros e roubo a bancos. Foi morto em São Paulo, no ano de 1969, em uma
ação policial coordenada pelo então delegado Sérgio Paranhos Fleury. No governo
Lula, a viúva do terrorista foi beneficiada com uma pensão vitalícia, paga pelo
cidadão brasileiro. No governo Dilma, o guerrilheiro que sequestrava, matava e
assaltava bancos foi anistiado “post mortem” e a família dessa cândida figura
recebeu um pedido oficial de desculpas do governo brasileiro. O filho pediu ao
estado da Bahia a criação de um memorial em homenagem ao pai. Esse seria o País
dos sonhos da esquerda nacional – uma grande organização criminosa, à margem da
lei, que labuta diuturnamente em prol de um projeto perpétuo de poder.
Do filme
De posse dos R$ 10 milhões, o
aprendiz de diretor tratou logo de aligeirar as filmagens de modo a apresentar
a “obra prima” no mundialmente conhecido festival anual de cinema de Berlim.
Ao contrário da diagnose
midiática brasileira, o filme foi um fracasso. Não houve alguma reverberação
internacional positiva sobre o enredo, mas foi sinalizado tímida e
vergonhosamente o teor ideológico e farsante do filme. Para iludir os incautos
brasileiros, a Fôia publicou uma pequena matéria citando apenas dois jornais
alemães sem alguma expressão: o Die Tageszeitung (TAZ), jornal esse inclusive que
se mantém sem anunciantes, e o Der Tagesspiegel que não chega a uma tiragem
diária de 150 mil exemplares. Por outro lado, o jornalista Boris Pofalla do Die
Welt, esse sim um grande jornal na Alemanha, escreveu uma “resenha” sobre o
filme totalmente desconectada com a realidade brasileira – algo tão caricaturesco
que serve só para gringo ver – a crítica é tão confusa que sequer foi citada
por algum jornal brasileiro. Não vale a pena citar nem mesmo parte ínfima da
matéria. Os amigos me darão razão ao lerem o título do artigo – “O ritmo da
revolta: o astro de Narcos, Wagner Moura, realizou um filme sobre o Che Guevara
brasileiro”. O detalhe relevante, não sei se lhes parece assim também, é que o
jornalista não havia assistido ao filme e nunca antes havia ouvido falar do
Marighella. E é nesse ritmo que segue a “confiável” e “competente” imprensa
vermelha mundial.
O filme não levou nenhum prêmio,
na verdade não foi indicado pelo júri, entrou pela porta dos fundos, se me
entendem. Também não recebeu críticas positivas - mas para o progressismo
internacional, ele deu o recado e cumpriu a missão. A “produção” conseguiu
algumas entrevistas em que Moura sugeriu que o Estado brasileiro está sob um
governo ditatorial e que a democracia necessita ser restabelecida no País. Na
festa de gala, após a estreia do Filme no Palácio da Berlinale, Moura tascou um
beijo na boca de quem? De quem? Do recente autointitulado “exilado” político
brasileiro – Jean Wyllys, que dúvida (Marighella revirou-se no túmulo, certamente).
E para finalizar o espetáculo do circo dos horrores, o cineasta estreante
portava nas mãos uma placa de rua com o nome Marielle Franco ao transpor o
tapete vermelho. Uma placa que na verdade é um adesivo que militantes
esquerdistas costumam colar sobre as verdadeiras placas das ruas em Berlim –
fotografam e divulgam nas redes sociais como se uma “homenagem” fosse dos
alemães à falecida. Gente doente.
Esses seres idiotizados se movem
na mentira e maquinam dia e noite formas de difamar os brasileiros e de
envergonhar o Brasil. Sempre com os holofotes da mídia oficial à disposição deles.
As polêmicas
1)
Como bem alertou o historiador Villa no seu blog,
caberá uma avaliação jurídica no sentido de classificar o filme como sendo ou
não uma apologia ao terrorismo. Na nossa Carta Magna de 1988 fica claro no art.
5º, inc. XLIII que “o terrorismo é considerado crime inafiançável e insuscetível
de graça ou anistia”.
2)
O fato de o ator escolhido para interpretar
Marighella ser negro também gerou indignação de muitos brasileiros. No meu modo
de entender, particularmente achei que foi um ato racista inquestionável. Para
fundamentar uma tese progressista falaciosa de racismo contundente no Brasil, o
postulante à cineasta transformou um branco criminoso descendente de europeus
num negro desvalido que busca no crime a única forma possível de justiça
social. Questionado sobre a cor da tez de Marighella, o biógrafo do terrorista,
o jornalista Mário Magalhães, se limitou a declarar que “ele não era branco” –
mas em nenhum momento afirmou que era negro. A velha e já conhecida tática da
esquerda, parcialmente clarificada em texto recente sob título “Luz e Sombra
(I)”.
3)
Como relatado acima, o filme captou a quantia de
R$ 10 milhões de reais através da Lei Rouanet. Até que ponto os brasileiros
deveriam arcar com as custas de pretensas atividades artísticas que pouco ou
nada contribuem para a cultura da nossa sociedade? Não lhes parece uma contradição
o governo brasileiro financiar um produto artístico inacessível ou repudiado
pela maioria da população? Pois é o que acontece com frequência: a) as
exposições do Queermuseu, (cerca de R$ 1 milhão por mostra) b) o livro de
memórias da atriz Fernanda Montenegro patrocinado pelo SESC/SP (R$ 5 milhões). Aliás,
hoje foi deflagrada a operação “fantoche” da Polícia Federal que investiga um
esquema de fraudes envolvendo o Ministério do Turismo e o Sistema “S” (Sesc,
Sesi, Senac, Senai, Sebrae, e mais 4 instituições) que foi criado para, pasmem,
promover “gratuitamente” cursos de formação profissional e acesso ao lazer e à
cultura aos trabalhadores brasileiros. Na operação foi preso o presidente da
Confederação Nacional da Indústria e mais 10 empresários acusados de corrupção,
c) o filme em questão “Marighella” com o custo de R$ 10 milhões aos cofres
públicos e que provocou indignação na sociedade a ponto de um expressivo número
de internautas invadirem o site inglês IMDB, que centraliza todas as
informações sobre o cinema mundial, e baixaram a nota do filme para 2,8/10 – nota
inferior à conferida ao filme “Xuxa contra o baixo-astral”, segundo a Veja.
Concluindo
Ainda não ouvi um posicionamento
do mov. Negro sobre o debate. Não creio que seus membros sejam dissimulados –
explico: em meados do ano passado, a cantora e atriz negra Fabiana Cozza sofreu
grande pressão por parte de segmentos do mov. Negro o que a fez renunciar ao
personagem de Dona Ivone Lara numa peça de teatro. A alegação do movimento foi
a de que Fabiana, filha de mãe branca e pai negro, era “branca demais” para
representar Dona Ivone. A cor da pele de Fabiana, para o mov. Negro, esteve
acima da competência da cantora, profunda conhecedora do repertório de Dona
Ivone e da própria vontade da personagem que expressou em vida a predileção por
Fabiana na peça. Fabiana escreveu uma carta emocionante aos que ela chama respeitosamente
de irmãos – em uma das frases diz,
“Renuncio por ter dormido negra
numa terça-feira e numa quarta, após o anúncio do meu nome como protagonista do
musical, acordar “branca” aos olhos de tantos irmãos (...) E racismo vira coisa
de nós, pretos”. Vale ler a carta na íntegra.
Pode parecer esquisito, mas
lembrei da Operação Barbarossa, a ação militar alemã na União Soviética durante
a Segunda Guerra Mundial. Quando os soldados alemães invadiram os países do
leste europeu em 1941, eles foram recebidos com flores pela população nativa. O
povo massacrado pelo regime de Josef Stalin recebeu os alemães como lídimos
libertadores. Não demorou muito tempo para que Hitler instaurasse a política de
extermínio da população judaica desses países (o holocausto das balas). Face ao
impacto devastador no psicológico dos soldados alemães, ocasionado pelo
fuzilamento de famílias inteiras em valas comuns, eis que foi inventado por Heinrich
Himmler uma “tecnologia inovadora” e tecnologicamente mais avançada como
instrumento de morte: as câmaras de gás.
Pois essa parte cruenta da
história da humanidade não está enterrada, amigos. Ela apenas se nos apresenta
noutra roupagem. A mesma casta branca remanescente do nazismo, confortavelmente
acomodada em luxuosos ambientes hoteleiros europeus seis estrelas, continua a
alimentar o desejo “secreto” de dominar todos os povos. Enquanto a maioria da
população ignora que é a nata da aristocracia europeia e americana que decide
como cada um de nós deve ser, o que fazer, como pensar e quanto tempo viver, as
víboras insanas globalistas continuarão, através das mãos dos Wagneres Mouras
da vida, a tentar subjugar a humanidade aos seus caprichos de poder sem
limites. Haveria algo mais estimulante do que sentir-se o dono do planeta, de
todas as coisas, de manipular a natureza humana? Verdadeiros d’uses, Ateus! Estejamos
atentos. As armas dessa guerra são invisíveis aos olhos.
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