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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Racismo, Globalismo e “Arte” – Marighella, o filme


No ano passado, o Ministério da Cultura do governo Temer, sob batuta do então ministro Sérgio Sá Leitão, que em 2007 foi assessor de diretoria da Ancine – Agência Nacional de cinema – deu carta branca ao aspirante a diretor cinematográfico, o ator Wagner Moura, para que a sua produção captasse a “bagatela” de R$ 10 milhões pela Lei Rouanet. A meta do projeto era um audiovisual biográfico sobre a vida do terrorista ítalo-brasileiro, Carlos Marighella.
Do personagem
Em rápidas palavras, Marighella, como o próprio sobrenome denuncia, era filho do operário italiano Augusto Marighella e da baiana Maria Rita do Nascimento, descendente de africanos do Sudão. Observemos que para o contexto educacional e laboral do início do século XX em Salvador, Bahia, tanto o próprio Carlos quanto os seus pais, desfrutavam de relativa distinção social – o pai, um operário mecânico, a mãe com ensino secundário completo e o próprio Carlos, no início dos anos 1930, ingressou no curso de Engenharia da prestigiosa Escola Politécnica da Bahia – foi quando se envolveu pela primeira vez com as agitações subversivas. Mais um entre tantos outros exemplos que nos fazem refletir sobre desde quando a esquerda brasileira vem abduzindo os nossos jovens universitários para o crime.
De cara se pode descartar a ladainha progressista de que a família Marighella era miserável, iletrada e perseguida pela “raça”.  
Da verdadeira e longa trajetória do terrorista Marighella quase todos sabem, de modo que vou renunciar à prolixidade. Ao longo dos seus 57 anos de vida atuou como político, escritor e professor. Mas a sua principal atividade “laboral” sempre foi a de fomentar práticas terroristas dentro do território brasileiro. Ainda na década de 30 do século passado, abandonou a cidade natal e à faculdade de engenharia para se dedicar à militância comunista a serviço do PCB. Fundador do grupo armado Ação Libertadora Nacional, atemorizava a sociedade brasileira com atos como sequestros e roubo a bancos. Foi morto em São Paulo, no ano de 1969, em uma ação policial coordenada pelo então delegado Sérgio Paranhos Fleury. No governo Lula, a viúva do terrorista foi beneficiada com uma pensão vitalícia, paga pelo cidadão brasileiro. No governo Dilma, o guerrilheiro que sequestrava, matava e assaltava bancos foi anistiado “post mortem” e a família dessa cândida figura recebeu um pedido oficial de desculpas do governo brasileiro. O filho pediu ao estado da Bahia a criação de um memorial em homenagem ao pai. Esse seria o País dos sonhos da esquerda nacional – uma grande organização criminosa, à margem da lei, que labuta diuturnamente em prol de um projeto perpétuo de poder.
Do filme
De posse dos R$ 10 milhões, o aprendiz de diretor tratou logo de aligeirar as filmagens de modo a apresentar a “obra prima” no mundialmente conhecido festival anual de cinema de Berlim.
Ao contrário da diagnose midiática brasileira, o filme foi um fracasso. Não houve alguma reverberação internacional positiva sobre o enredo, mas foi sinalizado tímida e vergonhosamente o teor ideológico e farsante do filme. Para iludir os incautos brasileiros, a Fôia publicou uma pequena matéria citando apenas dois jornais alemães sem alguma expressão: o Die Tageszeitung (TAZ), jornal esse inclusive que se mantém sem anunciantes, e o Der Tagesspiegel que não chega a uma tiragem diária de 150 mil exemplares. Por outro lado, o jornalista Boris Pofalla do Die Welt, esse sim um grande jornal na Alemanha, escreveu uma “resenha” sobre o filme totalmente desconectada com a realidade brasileira – algo tão caricaturesco que serve só para gringo ver – a crítica é tão confusa que sequer foi citada por algum jornal brasileiro. Não vale a pena citar nem mesmo parte ínfima da matéria. Os amigos me darão razão ao lerem o título do artigo – “O ritmo da revolta: o astro de Narcos, Wagner Moura, realizou um filme sobre o Che Guevara brasileiro”. O detalhe relevante, não sei se lhes parece assim também, é que o jornalista não havia assistido ao filme e nunca antes havia ouvido falar do Marighella. E é nesse ritmo que segue a “confiável” e “competente” imprensa vermelha mundial.
O filme não levou nenhum prêmio, na verdade não foi indicado pelo júri, entrou pela porta dos fundos, se me entendem. Também não recebeu críticas positivas - mas para o progressismo internacional, ele deu o recado e cumpriu a missão. A “produção” conseguiu algumas entrevistas em que Moura sugeriu que o Estado brasileiro está sob um governo ditatorial e que a democracia necessita ser restabelecida no País. Na festa de gala, após a estreia do Filme no Palácio da Berlinale, Moura tascou um beijo na boca de quem? De quem? Do recente autointitulado “exilado” político brasileiro – Jean Wyllys, que dúvida (Marighella revirou-se no túmulo, certamente). E para finalizar o espetáculo do circo dos horrores, o cineasta estreante portava nas mãos uma placa de rua com o nome Marielle Franco ao transpor o tapete vermelho. Uma placa que na verdade é um adesivo que militantes esquerdistas costumam colar sobre as verdadeiras placas das ruas em Berlim – fotografam e divulgam nas redes sociais como se uma “homenagem” fosse dos alemães à falecida. Gente doente.
Esses seres idiotizados se movem na mentira e maquinam dia e noite formas de difamar os brasileiros e de envergonhar o Brasil. Sempre com os holofotes da mídia oficial à disposição deles.
As polêmicas
1)    Como bem alertou o historiador Villa no seu blog, caberá uma avaliação jurídica no sentido de classificar o filme como sendo ou não uma apologia ao terrorismo. Na nossa Carta Magna de 1988 fica claro no art. 5º, inc. XLIII que “o terrorismo é considerado crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia”.
2)    O fato de o ator escolhido para interpretar Marighella ser negro também gerou indignação de muitos brasileiros. No meu modo de entender, particularmente achei que foi um ato racista inquestionável. Para fundamentar uma tese progressista falaciosa de racismo contundente no Brasil, o postulante à cineasta transformou um branco criminoso descendente de europeus num negro desvalido que busca no crime a única forma possível de justiça social. Questionado sobre a cor da tez de Marighella, o biógrafo do terrorista, o jornalista Mário Magalhães, se limitou a declarar que “ele não era branco” – mas em nenhum momento afirmou que era negro. A velha e já conhecida tática da esquerda, parcialmente clarificada em texto recente sob título “Luz e Sombra (I)”.
3)    Como relatado acima, o filme captou a quantia de R$ 10 milhões de reais através da Lei Rouanet. Até que ponto os brasileiros deveriam arcar com as custas de pretensas atividades artísticas que pouco ou nada contribuem para a cultura da nossa sociedade? Não lhes parece uma contradição o governo brasileiro financiar um produto artístico inacessível ou repudiado pela maioria da população? Pois é o que acontece com frequência: a) as exposições do Queermuseu, (cerca de R$ 1 milhão por mostra) b) o livro de memórias da atriz Fernanda Montenegro patrocinado pelo SESC/SP (R$ 5 milhões). Aliás, hoje foi deflagrada a operação “fantoche” da Polícia Federal que investiga um esquema de fraudes envolvendo o Ministério do Turismo e o Sistema “S” (Sesc, Sesi, Senac, Senai, Sebrae, e mais 4 instituições) que foi criado para, pasmem, promover “gratuitamente” cursos de formação profissional e acesso ao lazer e à cultura aos trabalhadores brasileiros. Na operação foi preso o presidente da Confederação Nacional da Indústria e mais 10 empresários acusados de corrupção, c) o filme em questão “Marighella” com o custo de R$ 10 milhões aos cofres públicos e que provocou indignação na sociedade a ponto de um expressivo número de internautas invadirem o site inglês IMDB, que centraliza todas as informações sobre o cinema mundial, e baixaram a nota do filme para 2,8/10 – nota inferior à conferida ao filme “Xuxa contra o baixo-astral”, segundo a Veja.
Concluindo
Ainda não ouvi um posicionamento do mov. Negro sobre o debate. Não creio que seus membros sejam dissimulados – explico: em meados do ano passado, a cantora e atriz negra Fabiana Cozza sofreu grande pressão por parte de segmentos do mov. Negro o que a fez renunciar ao personagem de Dona Ivone Lara numa peça de teatro. A alegação do movimento foi a de que Fabiana, filha de mãe branca e pai negro, era “branca demais” para representar Dona Ivone. A cor da pele de Fabiana, para o mov. Negro, esteve acima da competência da cantora, profunda conhecedora do repertório de Dona Ivone e da própria vontade da personagem que expressou em vida a predileção por Fabiana na peça. Fabiana escreveu uma carta emocionante aos que ela chama respeitosamente de irmãos – em uma das frases diz,
“Renuncio por ter dormido negra numa terça-feira e numa quarta, após o anúncio do meu nome como protagonista do musical, acordar “branca” aos olhos de tantos irmãos (...) E racismo vira coisa de nós, pretos”. Vale ler a carta na íntegra.
Pode parecer esquisito, mas lembrei da Operação Barbarossa, a ação militar alemã na União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. Quando os soldados alemães invadiram os países do leste europeu em 1941, eles foram recebidos com flores pela população nativa. O povo massacrado pelo regime de Josef Stalin recebeu os alemães como lídimos libertadores. Não demorou muito tempo para que Hitler instaurasse a política de extermínio da população judaica desses países (o holocausto das balas). Face ao impacto devastador no psicológico dos soldados alemães, ocasionado pelo fuzilamento de famílias inteiras em valas comuns, eis que foi inventado por Heinrich Himmler uma “tecnologia inovadora” e tecnologicamente mais avançada como instrumento de morte:  as câmaras de gás.
Pois essa parte cruenta da história da humanidade não está enterrada, amigos. Ela apenas se nos apresenta noutra roupagem. A mesma casta branca remanescente do nazismo, confortavelmente acomodada em luxuosos ambientes hoteleiros europeus seis estrelas, continua a alimentar o desejo “secreto” de dominar todos os povos. Enquanto a maioria da população ignora que é a nata da aristocracia europeia e americana que decide como cada um de nós deve ser, o que fazer, como pensar e quanto tempo viver, as víboras insanas globalistas continuarão, através das mãos dos Wagneres Mouras da vida, a tentar subjugar a humanidade aos seus caprichos de poder sem limites. Haveria algo mais estimulante do que sentir-se o dono do planeta, de todas as coisas, de manipular a natureza humana? Verdadeiros d’uses, Ateus! Estejamos atentos. As armas dessa guerra são invisíveis aos olhos.   
    

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