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sábado, 19 de janeiro de 2019

Uma suspeita viagem ao Oriente

Um grupo de 12 parlamentares capitaneado pelo partido PSL, entre deputados federais e senadores que sequer empossados foram, aceitou o “convite” do Partido Comunista Chinês para uma viagem a Pequim. Conforme documento anexo, o convite é oficial, com a anuência da Embaixada da República Popular da China, e foi endereçado diretamente à Comissão Executiva do Partido Social Liberal (PSL), em 15 de novembro de 2018, data em que o resultado da eleição presidencial já era conhecido no Brasil. Os "sem noção", digo, os tais parlamentares embarcaram para a China no dia 15 de janeiro último. Segundo inequivocamente mostra o documento, a intenção é a de promover “conhecimento mútuo” entre o Comitê Central do Partido Comunista da China e a Comissão Executiva do Partido Social Liberal, partido o qual pertence o atual presidente da República Federativa do Brasil.
Ao se observar a foto de embarque, o grupo estampava uma pueril expressão semelhante à dos adolescentes em primeira viagem a Disneylândia ou a de um grupo sênior rumo a um Safari nas savanas africanas. Não sou nenhuma personal stylist, mas tenho bom senso e bom gosto - o estilo do vestuário dos futuros parlamentares deixa muito a desejar para uma missão oficial de autoridades a uma nação estrangeira. Uma caricatura tupiniquim em viagem recreativa.
Ao visualizar algumas postagens que circulam nas redes sociais, parece que o grupo está se divertindo muito e aproveitando para desfrutar das mordomias, da instalação hoteleira de luxo e da gastronomia exótica da China - a parte visível do país comunista cujo objetivo é impressionar e enganar os incautos estrangeiros. A China é um país governado por um partido autoritário único que não respeita crenças religiosas (acossa os cristãos), impede a livre expressão de pensamento, persegue os opositores do regime e os sentencia à pena de morte sem julgamento e direito à plena defesa, explora a mão de obra trabalhadora, que não possui algum direito trabalhista. O governo tem o monopólio da vida privada dos indivíduos, de modo que regula o número de filhos por casal, hegemoniza a educação e direciona os jovens à ocupação laboral necessária ao sistema econômico, além de manter até hoje campos de trabalho forçado (campos de concentração) para os “rebeldes” contestadores. Um governo comprovadamente homicida.
O regime político chinês é totalitário, ou seja, há o controle absoluto de um grupo político sobre toda a sociedade. Já o sistema econômico é designado como “capitalismo de Estado”, um conceito adornado de brilho por um sucesso material duvidoso, mas que na realidade se baseia na exploração vil da mão de obra e do meio ambiente e na corrupção e extorsão dos “empresários” que empreendem sob as regras expressas do partido comunista. Se algum de nós fizer uma relação com o governo petista, saibamos que o envolvimento criminoso entre o Estado e as grandes empreiteiras fez parte da tentativa de implantar esse sistema, não é mera coincidência. Segundo os teóricos socialistas – o capitalismo de Estado é uma fase necessária entre o capitalismo e o comunismo. Com o tempo, esse modelo perde a capacidade produtiva e é preciso expandir: atualmente, implementam a estratégia de romper fronteiras para sustentar e ampliar a sua capacidade produtiva. O globalismo, não a globalização, tem essa missão escamoteada pelas pautas de direitos humanos e o multiculturalismo. Esqueçam – as guerras atuais não precisam mais de armas de fogo.
Por tudo acima exposto, estranha deveras uma missão de parlamentares se dirigir a um país de passado macabro, que sustenta o peso de cerca de 100 milhões de mortes entre o período da ditadura de Mao Tsé-Tung – 1949-1976. Tudo leva a crer que a sociedade chinesa hoje apresenta uma perfeita domesticação social frente ao regime comunista, porém o uso de métodos repressivos, quando “necessários”, continua o mesmo.
Segundo o grupo de políticos brasileiros que se encontra em Pequim, o PSL pretende apresentar no Congresso Nacional um suposto projeto de lei sobre segurança em espaços públicos municipais, também em aeroportos, usando a tecnologia de reconhecimento facial – tecnologia essa muito desenvolvida na China. Na China hodierna existem mais de 170 milhões dessas câmeras distribuídas “estrategicamente” em todo o país, inclusive dentro de escolas. A meta, a partir de informações do governo, é instalar, pasmem, mais 400 milhões dessas câmeras espalhadas por todo o território chinês. Mas como funciona a tecnologia de reconhecimento facial e para que serve? Bem, o equipamento é bastante simples – basta uma câmera e um software para identificar em tempo reduzido o rosto de uma pessoa e o relacionar com um banco completo de informações sobre ela – do seu fenótipo ao nome de seus vizinhos e colegas de trabalho. Usando as medidas do rosto como o comprimento da linha da mandíbula, tamanho do crânio, distância entre os olhos, largura do nariz, por exemplo, todos nós seremos identificados onde quer que estejamos dentro do território brasileiro. O objetivo explícito parece ser o de garantir a segurança nacional interna, cada vez mais ameaçada pelo terrorismo. Porém, há que se levar em conta também a existência de intentos ocultos em tal proposta. De acordo com o projeto do PSL, o Rio de Janeiro seria a primeira cidade a ter o sistema instalado.
Para finalizar, lembro-os que Nicolás Maduro contratou a empresa chinesa ZTE, sem licitação, para implementar um cartão que armazena todas as informações dos venezuelanos – o valor foi de U$ 70 milhões. O “cartão da Pátria” inclui um banco de dados que informa ao governo todas as atividades dos indivíduos que vivem no país – desde as atividades políticas e partidárias à participação em programas assistenciais até as compras de supermercado. O tal cartão smartcard é usado há muitos anos no país chinês.
Coincidentemente, o presidente Donald Trump assinou em agosto de 2018 um termo que tornou ilegal o uso da tecnologia de identificação da face das empresas chinesas Huawei e ZTE pelo governo americano. O partido republicano considerou que as empresas de telecomunicação da China são uma ameaça à segurança nacional.
Por outro lado, depois de o grupo de parlamentares se dar conta de que o povo brasileiro amadureceu e não vai mais admitir esse tipo de politicagem fora de qualquer propósito, tentaram minimizar usando o discurso da dependência brasileira do comércio com a China. Ora, é notório o desconhecimento desses políticos, para não dizer a burrice, tanto sobre as dúvidas que pairam sobre as empresas chinesas que prestam tal “serviço” de monitoramento, quanto da própria política internacional que será adotada pelo governo Bolsonaro, ou seja, a de uma gradativa redução da dependência do comércio exterior com a China e com outros países comunistas.
Ademais, desconhecem os senhores parlamentares que não é preciso sair do Brasil para aprender sobre alta tecnologia em sistema de segurança a partir do reconhecimento da face? Pois é, a ACATE (associação catarinense de tecnologia) com instalações em São Paulo e Florianópolis, exporta alta tecnologia em biometria facial, inclusive melhor adaptada ao reconhecimento das características de uma população miscigenada como a brasileira. O software Creddefense faz uso simultâneo de peças com tecnologia alemã, japonesa e americana. 
Uma política de segurança pública eficiente no Brasil poderá se valer sim de um sistema de monitoramento visual. Todavia, espera-se que as autoridades esclareçam, de forma transparente, ao cidadão brasileiro como ele será monitorado e, principalmente, quais as informações pessoais serão arquivadas nos bancos de dados, quem terá acesso a elas e o grau de confiabilidade na transmissão dessas informações. É público que as empresas de telecomunicação chinesas não são confiáveis, vários de seus executivos já foram presos em outros países e seus equipamentos são usados para a espionagem e a perseguição de opositores políticos e concorrentes. 
A urgência de uma política efetiva de segurança pública no Brasil é indiscutível – estamos suscetíveis a atentados terroristas, infelizmente. Todavia, um projeto ostensivamente totalitário de invasão de privacidade desta natureza seria considerado, sem dúvida, inconstitucional no Brasil.
Assim, deixo graciosamente uma orientação à turminha sem noção de parlamentares incautos que viajaram ao país comunista: 1) o PSL não governa o Brasil; 2) estudem mais e se cerquem de uma assessoria mais responsável e melhor informada e 3) Bolsonaro se alinha às democracias consolidadas e não ao comunismo, e só por essa razão foi eleito. A sociedade brasileira acordou e está de “olho” em políticos ineptos. Não haverá segunda chance!
Integrantes da comitiva da suspeita viagem ao Oriente têm postado vídeos nas redes sociais comportando-se como crianças pegas fazendo peraltices. Ofendem os internautas, eleitores indignados com razão, usando ameaças e palavras de baixo calão. Segundo a advogada e parlamentar paulista do PSL "quem assume cargo público está sujeito a ser criticado, às vezes, de maneira exagerada e até injusta. Ofender eleitores em redes sociais pode até caracterizar quebra de decoro. Respeitar o eleitor e repeitar o Brasil".
Eu diria mais - conforme as diretrizes do Partido Social Liberal (PSL) na linha d - se compromete a promover "políticas de esclarecimento à população, que visem a conscientização a respeito dos males provocados pelo comunismo e socialismo; e na linha o - veda parcerias, alianças, conjugações e coligações com partidos de esquerda bolivariana, tais como PT, PSol, PCdoB, PSTU, PCO, PCB, e quaisquer outros que apoiem regimes autoritários instalados em outros países.  
Fatos esses suficientes para que o presidente nacional do partido, Luciano Bivar, requeira a expulsão de todos os que aceitaram o convite para essa suspeita viagem a Pequim. 

Lista dos parlamentares
1) Bibo Nunes – Rio Grande do Sul
2) Soraya Thronicke - Mato Grosso do Sul
3) Daniel Silveira - Rio de Janeiro
4) Tio Trutis – Mato Grosso do Sul – tio da senadora Soraya Thronicke
5) Felício Laterça- Rio de Janeiro
6) Carla Zambelli – São Paulo
7) Charlles Evangelista – Minas Gerais
8) Marcelo Freitas – Minas Gerais
9) Sargento Gurgel – Rio de Janeiro
10) Aline Sleutjes - Paraná
11) Delegada Sheila – Minas Gerais
12) Luís Miranda – Distrito Federal (DEM)

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