O que precisamos saber...
Na Alemanha existe uma forte
cultura milenar de mercados de Natal, denominados Weihnachtsmarkt. Eu mesma já
participei presencialmente desses eventos. Desde novembro recente já acompanho
pela internet dezenas de vídeos, quase em tempo real, dos mercados de Natal nas
principais cidades alemãs. Extremamente organizados e perfeitamente decorados, os
Weihnachtsmärkte abrigam barracas com comidas típicas do local, artesanato,
brinquedos infantis e uma iluminação mágica. Geralmente, eles têm pista de
patinação. São frequentados diariamente
por centenas e mesmo milhares de pessoas entre meados de novembro e final de
ano. Até mesmo um descerebrado é capaz de imaginar que se trata de locais altamente
almejados pelo terrorismo.
Quem esquece do atentado na praça
Breitscheid, em Berlim, no dia 19 de dezembro de 2016? Na ocasião, uma polícia
altamente qualificada, se pressupõe, não conseguiu evitar a tragédia: 12 mortos
e 48 feridos. As informações advindas de uma rápida investigação apontaram para
um “caminhoneiro” que se encontrava desaparecido e um caminhão que supostamente
havia sido roubado em território polonês. Um homem foi preso, mas logo
libertado por falta de provas – informou a imprensa à época. Muito rapidamente,
os principais meios de comunicação na Europa veicularam que um caminhoneiro “solitário”
havia cometido o atentado. Pouco tempo depois, esses mesmos jornalistas foram
desmentidos quando o grupo terrorista “estado islâmico” reivindicou a autoria.
Aconteceu de novo. Ontem, 20 de
dezembro, a cidade de Magdeburg foi atingida por mais uma tragédia da mesma
natureza e, novamente, a imprensa e o governo alemão tentam desvirtuar o fato
através da politização. Segundo o chanceler Olaf, “a Alemanha deve permanecer
unida após o ataque à cidade de Magdeburg, e não deixar que o ódio divida o
país. Fala sério – os progressistas nem disfarçam mais, repetindo este mantra
de “discurso de ódio” e “ataque à democracia” em todos os lugares onde estão
desgovernando e arruinando as nações. Pobre mídia consorciada, tem de se virar
nos trinta. Estima-se que o terrorista tenha matado ontem no mínimo 5 pessoas e
ferido 200. Ele é um médico psiquiatra refugiado da Arábia Saudita. As
informações indicam que migrou para a Alemanha em 2006, e obteve asilo em 2016,
período das “portas abertas” na Alemanha de Angela Merkel.
A narrativa atual da grande mídia
na Alemanha é a de que o “suspeito” se dizia crítico do islamismo, até mesmo
perseguido por um grupo dessa mesma denominação religiosa. Ora, senhores, pelo
amor de Deus – quem acredita numa pessoa que se diz crítico do islamismo e
comete um ato terrorista num evento natalino cristão, nitidamente objeto de ódio
de quem o supostamente persegue?
O povo alemão, como bem sinalizam
as entrevistas que deixo nos comentários, não está embarcando nessa conversa.
Ademais, os lembro de que todas as pesquisas têm apontado para uma virada política
tremenda na Alemanha em favor da direita. A AfD (Alternative für Deutschland),
Alternativa para a Alemanha, já venceu nas prévias estaduais. Aqui como lá,
tudo indica, o modus operandi é o mesmo para desqualificar os opositores. Outro fato intrigante ocorreu há apenas 4 dias
atrás, e repercutiu pouco no Brasil. O atual chanceler, Olaf Scholz, perdeu o
voto de confiança no parlamento alemão, em face da grave crise econômica do país.
Assim, os parlamentares dissolveram o atual governo e anteciparam as eleições
para fevereiro próximo. Pesquisas realizadas até agora sugerem mudança de
governo. Mais um revés na nossa esquerda tupiniquim. Sobrou a China – e sobre essa,
estou preparando um artigo esclarecedor em duas partes. Tirem suas conclusões,
amigos.
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